Foto: Filipe Augusto/ SEPROR

Foto: Filipe Augusto/ SEPROR

 

A Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), em parceria com a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), se reuniu na manhã desta terça-feira (22), no Centro de Convenções Vasco Vasques, para discutir o ordenamento da pesca esportiva no Alto Rio Negro, visando a temporada do segmento turístico que tem início mais forte a partir do segundo semestre deste ano.

 

A proposta é organizar a atividade levando em consideração todo o trabalho que já vem sendo feito pela Sepror, Sema e Ipaam, noordenamento da pesca como um todo, e pensar a pesca esportiva dentro dessa cadeia produtiva, transformando-a em uma atividade geradora de riquezas para as comunidades locais, a partir de um diálogo com os operadores da iniciativa privada.

 

Segundo a presidente da Amazonastur, Oreni Braga, a pesca esportiva no Amazonas deve seguir uma normatização que difere das demais atividades da cadeia de pesca, visto que não envolve só propriamente a pesca, mas o envolvimento comunitário, que seja: capacitação dacomunidade; empregabilidade ou ocupação desses comunitários na atividade; regulamentação dos locais para a pratica; divulgação e promoção do destino nos mercados alvos, além de uma fiscalização e monitoramento constante, com vistas a evitar um desenvolvimento predatório, tanto para as espécies do peixe alvo, como da situação social local.

 

“Para que as ações sejam efetivamente trabalhadas, está sendo montado um cronograma de atividades, envolvendo os órgãos  estaduais e as comunidades, afim de levantar efetivamente a real situação e adotar medidas proativas com vistas ao ordenamento e, a partir de então, a realização das ações de ponta como um Campeonato Mundial e as ações promocionais nos mercados, em especial, nos Estados Unidos daAmérica”, disse Oreni Braga.

Para o secretário da Sepror, Sidney Leite, a pesca esportiva ou amadora é um dos itens incluso numa proposta macro sobre a legislação e oordenamento pesqueiro que vem sendo desenhada com as mãos do setor produtivo, do meio ambiente e agora do turismo. “Nosso cuidado é aliar a pesca esportiva com geração de renda e fazendo com que a comunidade local tenha participação direta nessa atividade”, completou

 

Números –  O Amazonas tem um grande potencial para o turismo de pesca esportiva. Hoje, somente os municípios de Barcelos e Santa Izabel do Rio Negro recebem pelo menos 5 mil turistas estrangeiros por ano, sendo 90% americanos. Quando se trata de números de turistas nacionais, esses municípios recebem cerca de 10 mil por ano. “Em média, 50 barcos hotéis operam no Rio Negro e seus afluentes e tem movimentado pelo menos R$ 70 milhões/ano (faturamento bruto) no Estado do Amazonas”, finalizou Oreni Braga.