O projeto de culturas industriais abrange o cultivo de mandioca, guaraná, cana-de-açúcar, cacau, juta e malva no estado do Amazonas, com o intuito de intensificar a assistência técnica, utilizando áreas de capoeira, fomentando a mecanização e utilizando insumos básicos (calcário e adubos), além de manejo adequado para melhoria do nível de produtividade dos cultivos. O objetivo da produção de culturas industriais é o auto abastecimento dos municípios e do Estado do amazonas, intensificação da assistência técnica e extensão rural, aproveitamento de áreas alteradas e consequente diminuição do desmatamento.
O público alvo da produção são agricultores familiares dos municípios da área de abrangência, considerando e respeitando a vocação agrícola de cada região. O fomento à mecanização agrícola para o preparo de área e plantio beneficiará 6.000 produtores de mandioca com uma área plantada de 12.000 hectares e 800 produtores das demais culturas industriais com uma área plantada de 1.600 hectares.
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Metas Previstas


Entre a produção da cultura industrial está o cultivo de juta e malva, que no Amazonas possui importância ecológica e econômica, devido ser a principal matéria prima para fabricação de sacarias e outras embalagens menos poluentes ao ambiente, bem como uma das principais fontes de renda para os produtores rurais que tradicionalmente trabalham com esta atividade.
A produção de fibras no Estado representa 87% da produção nacional. O estado do Pará é o segundo no ranking (IBGE – PAM/2013). Na safra 2014/2015, os maiores produtores do Estado foram os municípios de Manacapuru, Anamã e Beruri.
A produção de guaraná continua sendo uma oportunidade de negócio e um dos produtos de maior prestígio no nível nacional e internacional. Esse reconhecimento se deve a qualidade, influenciando de forma positiva no preço médio pago aos produtores rurais, atingindo no ano de 2013, o valor de R$ 18,72/quilo do guaraná em grãos, contrastando com a média nacional de R$ 8,88/quilo e a média dos valores pagos na Bahia (maior produtor do país), que foi de R$ 7,00/quilo (dados do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do estado do Amazonas – GCEA/AM/2013).

Esta atividade gera renda para mais de três mil famílias no interior do Estado, evitando o êxodo rural e facilitando o acesso à cidadania dessas famílias. O Amazonas tem participação de 18% da produção brasileira, ocupando a segunda posição no ranking nacional, dos estados produtores de guaraná, cujo município de Maués é o maior produtor e detentor do terceiro lugar dos que mais produzem guaraná no país (IBGE – PAM/2013).
Diferente das demais atividades agrícolas do Estado, a produção de cana-de- açúcar concentra-se 84% numa área de estabelecimento agroindustrial, tendo assim peculiaridades quanto à produção e comercialização, cujo município de Presidente Figueiredo detém a maior área plantada e fabricante exclusivo de açúcar e álcool. No âmbito da agricultura familiar (fabricação de açúcar mascavo, rapadura e melaço), o município de Eirunepé destaca-se como maior produtor. A produção estadual se destina a indústria de refrigerantes e a merenda escolar respectivamente, fornecida as escolas da rede estadual e municipal de ensino.
Espécie considerada nativa da Amazônia, o cacau ainda é encontrado em estado silvestre, porém observa-se uma tendência de crescimento das áreas cultivadas, bem como da utilização dos tratos culturais nas áreas nativas, devido ao fácil acesso do produto ao mercado consumidor. É uma cultura com potencial social e econômico, que contribui significativamente para o incremento da renda dos agricultores familiares / produtores rurais.
DEMONSTRATIVO DE AGRICULTORES FAMILIARES/PRODUTORES RURAIS, ÁREA PLANTADA E PRODUÇÃO DAS CULTURAS INDUSTRIAIS NO ESTADO DO AMAZONAS EM 2015
