BARREIRA FISCALIZAÇÃO_ADAF (1)

 

O trabalho de fiscalização e defesa agropecuária no Estado está sendo intensificado pelo Governo do Amazonas com o reforço das Barreiras de Defesa Agropecuária em rodovias e áreas estratégias em quatro municípios. O serviço realizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adaf) – órgão integrante do Sistema Sepror – é para coibir a entrada de pragas e doenças que comprometem a sanidade vegetal e animal.

Os postos das Barreiras Sanitárias da Adaf funcionam e pontos estratégicos dentro do Amazonas com foco nos municípios que fazem fronteira com outros estados: Parintins (Pará), Presidente Figueiredo (Roraima), Humaitá (Rondônia) e Boca do Acre (Amapá). Além de barreiras em municípios com fronteiras territoriais, existem barreiras em rodovias. No km 126 da BR174 (Manaus-Roraima), no município de Presidente Figueiredo, o trabalho dos técnicos agropecuários da Adaf tem sido intensificado. No local os técnicos atuam em regime de plantão junto com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A fiscalização, segundo o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Henrique, ocorre de forma fixa e volante.

Segundo Alexandre, a atuação em regime de plantão é para evitar as entrada da praga da mosca da carambola que existe em alguns municípios dos estados do Pará, Amapá e Roraima e, também, de doenças que afetam a saúde animal (bovinos e suínos). A praga afeta principalmente o cultivo na área da fruticultura em culturas como manga, goiaba, amendoeira (sete copas), tangerina, laranja, taperebá, jaca, abiu, tomate, jambo, caju e entre outros.

Nas barreiras, os técnicos agropecuários, em parceria com agentes da PRF, atuam na abordagem de veículos que transportam cargas de origem animal e vegetal. De acordo com Alexandre, além de fiscalizarem os produtos, os agentes passam orientação e capacitação aos condutores explicando a importância da defesa nas barreiras do Estado. “Esse trabalho está sendo intensificado com o treinamento dos nossos barreiristas no sentido de fiscalizar todos os veículos que transportam cargas de origem vegetal e animal. Além de orientarmos os próprios condutores para atuarem de forma responsável no transporte dos produtos’’, explicou.

Itens reforçados – O técnico agropecuário Michael Santos, que atua como barreirista, explica que a fiscalização funciona no sentido crescente e decrescente da rodovia. “Verificamos se o veículo tem carga de origem vegetal e animal, toda a documentação do produto transportado, nota fiscal e fazemos também uma análise de inspeção para apurar não conformidades nos produtos’’, destacou.

A Guia de Transito Animal (GTA), a Permissãl de Trânsito Vegetal (PVT) e o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) são documentos obrigatórios que devem ser apresentados pelos condutores, segundo Santos. “Impedir a entrada de pragas garante a sanidade animal e vegetal e impacta positivamente na economia local. É a garantia de produtos de qualidade na mesa da população. Pragas podem acabar com plantações levando prejuízos para o produtor”, ressaltou.

Em casos de inconformidade que infligem a lei e os termos de vigilância agropecuária é necessário, segundo Santos, a destruição dos produtos. “Eles são destinados para aterros sanitários para a destruição”.

Em 2016, passou pela Barreira de Defesa Agropecuária em Presidente Figueiredo o equivalente a R$ 2 mi de toneladas de produtos. Entre os principais estão: carne bovina e suína, pescados, frango, ovos, leites e seus derivados, couro, entre outros.

 

Fotos: Lucas Silva