Inseridas entre as 21 cadeias produtivas assinaladas como prioridade para investimento pelo Governo do Amazonas, a malva e a juta foram tema de reunião entre representantes da Secretaria de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror) e de produtores das áreas da agricultura e da agropecuária, nesta segunda-feira (8/4), no auditório do Senac, em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus).

 

Entre os temas em pauta estavam o processo licitatório de semente de juta e malva, o processo de pagamento da subvenção dos viticultores e malvicultores, e a compra de sacarias para malva e Juta biodegradáveis. Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), em 2018 foram produzidas 6.770 toneladas de juta e malva no Amazonas, sendo Manacapuru o maior produtor do estado, com 4.042 toneladas.

 

Karine Araújo, membro da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), assinalou que a importação de fibras naturais no Brasil teve um aumento de 29,9% em 2018, com relação a 2017.

 

O secretário de Produção Rural, Petrucio Magalhães Júnior, informou que a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), autarquia vinculada à Sepror, já está elaborando o Termo de Referência para licitar e comprar 40 toneladas de sementes para serem distribuídas em 2020 aos pequenos agricultores do Amazonas.

“Em 2019, o Governo do Estado, através do sistema Sepror, está elaborando e já adotando uma série de medidas para fortalecer a cadeia produtiva da juta e malva, como a melhoria da assistência técnica e extensão, a aquisição de sementes para serem doadas e plantadas em 2020, e a criação de um grupo de trabalho para diagnosticar e buscar soluções para os entraves da referida cadeia produtiva”, informou Petrucio.

 

 

O diretor técnico da ADS, Heitor Liberato, informou que a subvenção dos ribeirinhos, atrasada há três anos e totalizando R$ 1.727.353, começará a ser paga ainda este mês. “A safra 2017/2018 ainda está em apuração (recebendo as notas fiscais dos escritórios locais do Idam). Com a atualização do pagamento, podemos trabalhar com uma previsão de safra maior para a segunda etapa, de 2018/2019, quando pretendemos pagar em torno de R$ 1.177.692,00”, disse Liberato.

 

A produtora Eliana Medeiros, presidente da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), ressaltou a importância da fibra para desenvolvimento econômico da cidade e se disse contente com o anúncio de que o governador Wilson Lima assumiu o compromisso de pagar a subvenção atrasada, aos ribeirinhos da região.

 

“Recebo essa informação com alívio, pois esses anos de atraso causaram um impacto muito grande na produção dos nossos ribeirinhos. Quando recebemos a subvenção, isso nos dá um ânimo e um gás. E é um incentivo para continuarmos nosso trabalho, que não é nada fácil. É árduo, é difícil, mas nós precisamos trabalhar para manter nossas famílias”, declarou.

 

 

Participaram da reunião Muni Lourenço, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea); Merched Chaar, presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM) e Guilherme Pessoa, superintendente Federal do Mapa.

FOTOS: Emerson Martins / Sepror