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Os produtores rurais do município de Rio Preto da Eva (a 56 quilômetros de Manaus, em linha reta) participaram nesta sexta-feira, 31, do curso de beneficiamento de pescado promovido pela Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa) – instituição integrante do Sistema Sepror. As atividades fazem parte do trabalho de capacitação focado na nova Matriz Econômica Ambiental do Governo do Amazonas. No sábado, 1°, os grupos terão atividades em campo.
De acordo com a engenheira de pesca da Sepa, Aline Souza, a proposta é capacitar os piscicultores a produzirem alimentos seguros, qualidade e, principalmente, agregar valor ao produto.
A programação de cursos faz parte da 1° Feira de Piscicultura do município que comemora 35 anos nesta sexta-feira, 31.

Para comemorar a data a Prefeitura Municipal de Rio Preto da Eva, em parceria com o Governo do Amazonas, por meio do Sistema Sepror – Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Sepa e (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) -, realiza uma série de atividades voltadas para os produtores e piscicultores locais.
Ao todo, 80 produtores rurais participaram neste primeiro dia de curso de beneficiamento de pescado. Colocando a mão na massa os produtores aprenderam a manipular o pescado e a fazer a retirada das espinhas.

De acordo com Aline, a ideia do curso é diversificar a forma de comercialização e consumo do pescado no município proporcionando o aproveitamento de 100% do produto através dos subprodutos.
“Com esse curso o produtor rural vai poder comercializar o produto dele de uma outra forma, sem ser a que ele comercializa hoje, que é o pescado inteiro. Ele vai poder agregar um valor maior ao pescado sem espinha”, explicou a engenheira.
Durante o curso de beneficiamento do pescado os produtores aprenderam a fazer a retirada de espinhas, além da produção de linguiça e fish burguer de tambaqui. Para retirada de espinha foi apresentado o passo a passo aos produtores rurais desde o momento da lavagem do peixe, a retirada das vísceras, o pescado espalmado para retirada de espinha e também o corte necessário no lombo e na região caudal (rabo do peixe). Além disso, foi realizada uma abordagem sobre a sanidade do peixe, conservação, higienização e os equipamentos necessários para moer o pescado para a produção da linguiça de peixe e fishi burguer.
Segundo Aline, a oficina de beneficiamento de pescado também é direcionada as donas de casa ou aqueles que queiram ter uma renda extra. “Aprendendo a retirar as espinhas eles agregam valor ao produto”, ressaltou.
Maria José, produtora rural que participou do curso, destaca que o curso despertou seu interesse não somente para a comercialização mas para a criação de peixes.
“Produzo banana, macaxeira, graviola, cupuaçu e frango. Esse curso me despertou interesse em criar peixes e, se der certo, serei grata a essa oficina. Já estou pensando em criar e já comercializar’’, comentou.
O feirante Raimundo Ferreira também saiu do curso cheio de planos. “Vou beneficiar o meu peixe agregando valor ao meu produto. Não tem satisfação melhor saber que o meu cliente vai consumir um corte de peixe qualificado’’, comentou.
Dia de Campo
Em torno de 300 produtores rurais participarão do Dia de Campo voltado para a piscicultura neste sábado, 1°. A ação será coordenada pela Sepa e Idam.
O dia de campo será realizado no Sítio do Guima, localizado no km 98 da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), ainda em Rio Preto da Eva, com início às 8h.

Os produtores participantes terão a oportunidade de aprender sobre a legislação ambiental, como ele pode fazer para legalizar sua propriedade no órgão competente, identificação de área, a qualidade da água, alimentação do peixe através do arroçoamento, sanidade do pescado e outros fatores.
“O dia de campo é justamente para quem tem a intenção de criar peixes e para quem já cria instruindo para que o produtor consiga realizar um cultivo correto e que otimize a sua produção com menor custo de produção’’, frizou Aline Souza, engenheira de pesca da Sepa.

 

FOTOS: Lucas Silva