A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), por meio da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa), reuniu nesta quinta-feira, 3 de novembro, pesquisadores, técnicos, produtores rurais, empresários, agentes públicos, políticos e a comunidade acadêmica para debater a cadeia produtiva do tambaqui na Amazônia. O encontro faz parte do Workshop do tambaqui que acontece até esta sexta-feira (4), no auditório da faculdade de Ciências Agrárias da Ufam.
O workshop do tambaqui está dividido em seis painéis abordando as temáticas: reprodução genética, sistema de produção, sanidade e biossegurança, nutrição e alimentação, tecnologia, comercialização e mercado. A proposta é desenhar um panorama da real situação da espécie em cada um desses tópicos. A defesa dos temas é realizada por técnicos, pesquisadores e especialistas de entidades como a Ufam, Embrapa, Inpa, Sepror e Mapa.
“A partir desse debate e discussões em mesas redondas iremos mapear como está se dando a reprodução, as doenças, alimentação e comercialização do tambaqui na Amazônia”, comentou o secretário executivo de pesca da Sepror, Geraldo Bernardino, acrescentando que as informações são importantes para nortear as ações do governo estadual em relação à legislação e às políticas de pesca.
A piscicultura (criação de peixe em cativeiro) no estado do Amazonas é uma das grandes apostas para o fortalecimento da economia estadual, que durante anos esteve focada no Polo Industrial de Manaus. Nos últimos seis anos a piscicultura no estado apresentou taxa de crescimento de 58%, passando de 11.892 toneladas para 21.450 toneladas, com uma taxa anual de crescimento de 9,6%. Isso é resultado do trabalho de 3.500 produtores rurais. 92% dessa produção é de Tambaqui, 5% Matrinxã e 2% de outras espécies. Os dez municípios que apresentam as maiores produções são: Rio Preto da Eva, Benjamim Constant, Manaus, Itacoatiara, Iranduba, Manacapuru, Careiro, Presidente Figueiredo, Coari e Humaitá.